Blog do Professor Matheus Felipe de Castro, da Universidade Federal de Santa Catarina. Um espaço aberto à discussão da política, do poder, do direito, da economia, tudo sob um viés crítico e dialético. Sejam bem vind@s!
"Nossa cultura é a macumba, não a ópera. Somos um país sentimental, uma
nação sem gravata" (Glauber Rocha)
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Quem ganha com o fator Marina?
Por: Matheus Felipe de Castro
Desde o primeiro momento desta campanha, as forças democráticas e populares aglutinadas em torno do Presidente Lula denunciavam que a candidatura Marina, por um partido fisiológico (o PV brasileiro nunca foi um partido ideológico muito menos progressista, pelo contrário, sempre esteve ligado aos interesses conservadores), cliente fiel do DEM e do PSDB, tinha uma finalidade clara: servir como terceira via para a direita brasileira garantir o segundo turno com Dilma. Nenhuma novidade! A estratégia é antiga e conhecida de qualquer militante político partidário. O que assusta é que setores intelectuais da classe média, no final da campanha, acabem sendo ganhos pelo "canto da sereia" e aderindo a candidatura Marina, com base no velho e fácil discurso do "mar de lama" na política, sempre cantado pelos udenistas de plantão para derrubar governos com grande apoio popular. Os escândalos produzidos pela mídia e pelo PSDB na reta final da campanha não foram capazes de aumentar os votos em Serra, mas os de Marina. Pouco importa! os fogos já estão sendo soltos nos comitês de campanha de Serra. Será ele quem irá para o segundo turno. A campanha de Marina pode até crescer mas não mostra musculatura suficiente para passar o grão-tucano. Vai apenas colaborar para dar sobrevida à candidatura tucanalha. O que importa, neste momento, é que as forças populares e democráticas interessadas na implementação de um avançado projeto nacional de desenvolvimento, com construção de uma sociedade livre, justa e solidária, fundada na soberania e na ampla participação democrática do povo brasileiro, secularmente excluído das esferas de poder, possa se posicionar firmemente contra as candidaturas que, mais abertamente ou de forma mais subreptícia, colaboram para o retorno do neoliberalismo ao Brasil, defendendo ardorosamente a candidatura de Dilma Roussef como a que apresenta as melhores condições políticas para continuar implementando as mudanças que o povo brasileiro sonha e necessita.
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