"Nossa cultura é a macumba, não a ópera. Somos um país sentimental, uma
nação sem gravata"
(Glauber Rocha)


terça-feira, 8 de março de 2011

Inauguração das Lojas Planeta: parabéns Eluza e Sérgio



Matheus Felipe de Castro, Adriana Rodrigues e Eluza Müller.

Obama restabelece julgamentos militares de presos em Guantánamo




Em uma reversão de expectativas sobre o possível fechamento da prisão de Guantánamo, o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, retirou uma medida que congelava novos processo em tribunais militares e estabeleceu um processo para continuar a manter na base presos que ainda não foram julgados.

Obama disse ter ordenado ao Departamento de Defesa retirar uma ordem que tinha suspendido a entrada de novos processos sob a jurisdição de tribunais militares na prisão. O presidente havia suspendido esses processos quando anunciou sua revisão da política para detentos no local no começo de 2009, logo após ter assumido o poder.

A Casa Branca anunciou que a revisão agora foi finalizada.

Obama também anunciou uma ordem executiva nesta segunda-feira estabelecendo um processo para continuar mantendo em Guantánamo alguns detentos que nunca foram acusados, condenados nem designados para transferências, mas que são considerados uma ameaça à segurança dos EUA.

Apesar disso, a Casa Branca disse que Obama permanece comprometida a eventualmente fechar a prisão de Guantánamo em algum momento.

Obama também disse que ele ainda sentia que o sistema de Justiça dos EUA era uma parte importante em sua guerra contra a al Qaeda e seus afiliados.

Ainda há 172 detentos na prisão de Guantánamo e cerca de três dúzias foram designados para serem processados em cortes criminais dos EUA ou comissões militares. Membros do partido republicano tinham solicitado que os processos acontecessem em Guantánamo.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/885666-obama-restabelece-julgamentos-militares-de-presos-em-guantanamo.shtml

Os campos de concentração e o direito penal do inimigo nos EUA








Fico perplexo quando vejo alguém afirmando (repetindo...) que os EUA são uma democracia, defensora dos direitos humanos, e blá, blá, blá... Agora mesmo, estão fazendo o maior estardalhaço quanto à defesa dos direitos humanos na Líbia, etc. No entanto, se negam terminantemente a sepultar o campo de concentração de Guantánamo e o direito penal do inimigo implementado pelo "patrior act" do famigerado governo Bush. Aliás, o "patriot act", é preciso que se diga, foi um ato legal que estabeleceu um típico "Estado de Exceção" nos EUA, ao modelo do AI-5 no Brasil dos anos de chumbo. Bush governou o país com base neste ato, o que configura uma típica ditadura. No entanto, o poder da mídia é tão forte que jamais ninguém questionou esse fato. Jamais vi uma só tese acadêmica a respeito disso. Lamentável (mas não imprevisível) é que o governo Obama continue se valendo dos expedientes lançados pelo seu antecessor. Pior, que faça política nos EUA com flores no discurso e o patriot act em ambas as mãos...

"A crítica arrancou as flores das cadeias humanas não para que os homens pereçam na desilusão, mas para que destruam suas cadeias e apanhem a flor viva"

Patriota: modelo democrático explica popularidade



O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, diz que a melhora na avaliação sobre a influência do Brasil no mundo, verificada em pesquisa da BBC divulgada nesta segunda-feira (7), se deve ao modo com que o país se relaciona com as outras nações e à aprovação ao modelo de desenvolvimento brasileiro.

Acho que podemos atribuir isso (a melhora na avaliação) a um modelo no Brasil que associa democracia com crescimento inclusivo, geração de emprego e também uma forma de interagir com o resto do mundo que é baseada em soluções diplomáticas para problemas, cooperação para reduzir a fome e a pobreza e cooperação para criar mais mecanismos democráticos para lidar com questões globais, diz Patriota à BBC Brasil.

Segundo o ministro, nos últimos anos, o Brasil estabeleceu como prioridade comunicar-se com o mundo.

Essa postura implicou a abertura de embaixadas em vários países da África, Oriente Médio e Ásia Central, regiões onde a diplomacia brasileira ampliou consideravelmente sua atuação.

De acordo com o Itamaraty, 52 missões brasileiras foram abertas nos últimos oito anos. Como resultado, hoje o Brasil mantém relações diplomáticas com 191 dos 192 países membros da ONU.

Hoje acho possível dizer que o Brasil tem um alcance global verdadeiro, afirma o ministro.

Relações pacíficas

Patriota avalia também que a imagem mundial do país é favorecida por suas relações exclusivamente pacíficas com o resto do mundo.

Não temos armas nucleares, não somos uma potência militar e não pretendemos ser uma. Nossa agenda é verdadeiramente uma agenda para a paz, diz ele.

O ministro diz ainda que contam a favor do Brasil alguns elementos de soft Power (poder suave, em inglês), expressão que designa a habilidade de um país em influenciar atitudes e posturas por meio de valores, instituições ou da cultura.

Entre esses fatores, ele cita o futebol brasileiro e as vitórias do país nas disputas para abrigar a próxima Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016.

Pesquisa

Conduzida em 27 países, a pesquisa do Serviço Mundial da BBC revelou que as opiniões positivas sobre a influência do Brasil no mundo tiveram o maior salto entre as nações pesquisadas, passando de 40% a 49%.

Já as visões negativas sobre a atuação brasileira caíram três pontos percentuais, para 20%. Somente num país - a Alemanha - as opiniões negativas sobre o Brasil suplantam as positivas (32% a 31%).

O levantamento, coordenado pelo instituto de pesquisas GlobeScan/PIPA, foi feito entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011 com 28.619 pessoas, que opinaram sobre a influência de 16 países e da União Europeia.

Fonte: BBC Brasil